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Escândalo em Marataízes: Servidor revela caos salarial e abusos na Prefeitura

Uma bomba estourou na cidade de Marataízes durante a última sessão na Câmara de Vereadores, quando o servidor Yagho Mangueira da Costa, representando os efetivos da prefeitura, expôs uma realidade estarrecedora de desigualdade e abusos enfrentados pelos trabalhadores municipais.

Yagho ilustrou situação com um exemplo impactante, mencionando que seu salário base é de apenas R$ 1.100,00 reais. Há 11 anos evidencia a falta de reajustes adequados ao longo do tempo. Ele ressaltou que essa quantia é insuficiente para suprir as necessidades básicas de uma família, tornando difícil o sustento: “Durante o período de 2019 a 2024, a perda salarial chegou a 39%, afetando especialmente os trabalhadores nas classes auxiliares de serviços gerais e os guarda-vidas”.

“Desde 2019, enfrentamos uma realidade difícil, com uma perda salarial significativa de 38%, que representa um valor 38% abaixo do salário mínimo. Situação que tem levado os funcionários a enfrentar dificuldades financeiras para sustentar suas famílias, obrigando-os a buscar soluções alternativas para garantir o sustento”, afirmou.

Além disso, levantou a questão da fiscalização sobre a medição de insalubridade feita pela empresa Inovar, destacando a falta de transparência e critérios claros nesse processo. Ele mencionou que a avaliação foi realizada sem aviso prévio, resultando no corte dos benefícios de insalubridade para muitos deles, mesmo tendo direito a receber. Essa situação tem impactado negativamente os servidores, que já enfrentam salários baixos e dependem desses benefícios extras para complementar suas rendas: “eles não avisaram de forma alguma que ia cortar e cortou de todo mundo da minha secretaria sem avisar. Chamamos o secretário de administração para conversar e ela ameaçou a colocar o cargo à disposição e receber Processo Administrativo Disciplinar – PAD”.

“Na avaliação da Inovar afirma que temos o direito dos 40%. Então, por que foi cortado? Por que tem gente na mesma função, trabalho no mesmo lugar, umas pessoas recebem 40% e outras recebem 20%, outras não recebem nada, qual critério de avaliação? Isso eles não falam, não dizem critério algum para poder avaliar pra gente”, questionou.

Yagho foi além, e também questionou o corte de horas extras sem justificativa: “Nós reivindicamos a revisão das horas extras que foram cortadas sem explicação. E como são calculadas hoje, 40 horas extras do município, se eu não me engano, dão R$ 300. Teve a falta d’água no município e trabalhamos sábado, domingo, debaixo de chuva, sol, com reclamações e ameaça de moradores achando que a gente tá querendo privilegiar um ou outro, e cadê a remuneração?” desabafou.

A revisão da base de cálculo da progressão salarial também foi questionada: “Eu queria também levantar outra pauta, que é a revisão da base de cálculo da nossa progressão. Onde duas pessoas com o mesmo período de tempo de casa, uma pessoa recebe R$ 11.000 e a outra recebe R$ 5.000. Qual é a lógica? Qual foi a base de cálculo? Você não consegue ver a base de cálculo em lugar nenhum, você vai na regra não consegue. Você ver em nenhum outro lugar não consegue. Ninguém consegue te explicar a fundo o que é isso, como foi feito, entendeu? Qual é o critério? Isso ninguém explica pra gente, ninguém passa pra gente, entendeu?”.

(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)

(INF.\FONTE: CapixabaNews \\ Fabiano Peixoto)

(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)