A Câmara Municipal de Marataízes se viu no centro de uma controvérsia nesta semana, quando uma tentativa de suprimir o direito de fala do vereador Cleverson Maia gerou indignação no legislativo local. A iniciativa foi liderada pelo vereador Rogério Dedel e contou com o apoio dos vereadores Jorginho de Brejo dos Patos, Isaque Serafim, Andrézinho e Luiz de Capinzal, este último candidato a prefeito indicado pelo atual prefeito Tininho.
O cerceamento do direito de fala de um vereador é um ato grave, especialmente considerando que este direito é garantido por lei e é um dos pilares da função legislativa. Além disso, chama atenção o fato de que os vereadores de Marataízes, que recebem um salário de R$ 7.550,00, têm como principal obrigação participar das sessões semanais.
A tentativa de censura ocorreu em um momento crítico para a cidade, quando o vereador Cleverson Maia se preparava para denunciar uma série de problemas enfrentados por Marataízes. Entre os pontos que seriam abordados, estavam o atraso no pagamento dos profissionais de saúde vinculados ao consórcio, a quebra do aparelho de Raio-X na UPA, uma dívida milionária da Prefeitura com prestadores de serviço e, o mais alarmante, uma notificação do Tribunal de Contas sobre desequilíbrio nas contas municipais.
O episódio levanta uma questão fundamental: a quem interessa silenciar um vereador que busca expor falhas na administração pública? Em um momento em que Marataízes enfrenta graves desafios, incluindo problemas nos serviços básicos, é imperativo que as críticas sejam ouvidas e que as soluções sejam buscadas de forma transparente, em vez de recorrer a estratégias para silenciar vozes dissonantes. Aliás, uma tática semelhante à utilizada na Venezuela.
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(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)
(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)