Comissão de Turismo recebeu empresário do setor que falou sobre a necessidade de mais investimentos e divulgação do estado
A falta de divulgação do potencial turístico capixaba em âmbito nacional e um orçamento estadual reduzido para o setor são apontados como entraves para o desenvolvimento do turismo no estado. A avaliação é do empresário Gustavo André Queiroz Alves, proprietário de uma empresa de ônibus turísticos, convidado da reunião da Comissão de Turismo e Desporto da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) na segunda-feira (2).
Gustavo Alves tem uma empresa de ônibus turísticos de dois andares que operam em Vitória e Vila Velha. A empresa também atua por meio de ações e projetos de promoção e divulgação do turismo no estado. Há 10 anos propõe ações fora do Espírito Santo, mostrando o potencial capixaba na tentativa de atrair o turismo de lazer.
“O objetivo da entidade é aumentar o fluxo de pessoas e a permanência delas no estado. O desafio do setor tem que começar com planejamento, ainda no inverno, envolvendo os setores público e privado, principalmente os prefeitos, pois o turismo é feito mais pelos municípios. É inadmissível que o último planejamento de marketing do governo estadual ocorreu há 14 anos”, destacou Gustavo Alves.
O presidente da comissão, deputado Coronel Weliton (PRD), acredita que para atrair visitantes, o turismo capixaba deve ser mais divulgado em outros estados. “Cada ação no turismo movimenta cerca de 100 atividades econômicas, gerando empregos e renda para a população e de quem vive do setor”, destacou Coronel Weliton na abertura da reunião.
Orçamento
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo (ABIH-ES), Fernando Otávio Campos da Silva, afirmou que se o estado não trouxer turistas em massa, vai perder receita. “A dotação orçamentária para o setor é de apenas 0,12%, quando deveria ser, no mínimo, 0,5%, equivalente a R$ 120 milhões, e isso somente para a promoção do turismo. No Brasil, a próxima temporada de verão deve movimentar R$ 160 bilhões, e por aqui, onde até a famosa Rota do Sol e da Moqueca, que envolve cinco municípios, foi abandonada há 25 anos?”.
Gustavo Guimarães, vice-presidente do Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Espírito Santo (Sindhotéis-ES), disse que o turismo é uma atividade econômica e tem que gerar empregos e renda. “O setor gera para o Espírito Santo um Produto Interno Bruto (PIB) acima da média nacional, mas o orçamento do Estado não contempla o turismo como deveria, e há 40 anos ouço dizer que o turismo é atividade do futuro. Quando? Está cobrando isso agora!”, finalizou.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Danilo Salvadeo \\ ALES)
(FT.\CRÉD.: Mara Lima \\ Divulgação)