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População denuncia cortes de Cestas Básicas e Vale Feira após eleições e planeja manifestação

Moradores de Marataízes se mobilizam após um comunicado da Secretaria Municipal de Assistência Social, Habitação e Trabalho informar novos critérios para a distribuição de cestas básicas e do Vale Feira. O anúncio, feito via WhatsApp, gerou indignação, com a população denunciando a suspensão dos benefícios para diversas famílias e acusando a gestão de favorecimento seletivo.

Os cortes, segundo os denunciantes, ocorreram logo após o resultado das eleições de 6 de outubro. A Secretaria informou que a suspensão foi aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência Social em 29 de agosto, estipulando que as cestas básicas serão priorizadas para famílias cadastradas no Cadastro Único, referenciadas pelos serviços de assistência social, em vulnerabilidade social ou temporária, além de pessoas com deficiência e idosos. A medida visa, segundo o órgão, garantir uma distribuição justa e eficiente diante do aumento da demanda.

Indignados com a situação, moradores organizaram uma manifestação pacífica marcada para quinta-feira, dia 20, às 14h, em frente à Prefeitura de Marataízes. Nas redes sociais, os organizadores afirmam que o prefeito, Tininho Batista, suspendeu o Vale Feira e as cestas básicas, excluindo famílias dependentes desse apoio. “Não podemos nos calar! Vamos até o Ministério Público se for necessário”, diz uma das mensagens que circulam.

Na semana passada (terça-feira, 15), moradores de Marataízes denunciaram um colapso no sistema de saúde, com a suspensão de atendimentos e falta de profissionais essenciais. Especialidades como Psiquiatria, Endocrinologia, Neurologia Pediátrica, Cardiologia, Nutrição e Proctologia estão sem cobertura, assim como a falta de médicos de família, enfermeiros, auxiliares de dentista e farmacêuticos. Além disso, houve interrupção de exames importantes, como de sangue e Doppler, nas unidades de saúde, como a UPA e o CEM. A farmácia básica enfrenta falta de medicamentos, e o SAMU está sem ambulâncias de resgate, agravando ainda mais a crise.

Na última sexta-feira (18), o vereador Cleverson Maia apresentou uma representação no Ministério Público (MPE-ES) contra o prefeito Tininho, apontando indícios de crime eleitoral, improbidade administrativa e infração político-administrativa. O vereador alega que a gestão utilizou práticas abusivas durante o período eleitoral, como o uso do setor de saúde para favorecer a candidatura de seu sucessor.

A manifestação desta semana será mais um desdobramento da crescente insatisfação popular com a administração de Marataízes, que, segundo os organizadores, precisa prestar contas e garantir os direitos básicos da população.

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(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)

(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)

(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)