A saúde pública de Marataízes atravessa um dos momentos mais críticos de sua história, deixando a população em estado de alerta. Nesta terça-feira (03), novos cortes foram anunciados, restringindo os serviços da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) a apenas urgência e emergência. A decisão decorre da inadimplência de um contrato de R$ 2 milhões referente ao mês de outubro. Para novembro e dezembro, não há previsão de recursos, aprofundando ainda mais a crise.
Maurício Galante Neto, diretor do Instituto Capixaba de Saúde (ICAS) e do Conselho Municipal de Saúde, destacou a gravidade do quadro:
“Na qualidade de dirigente do ICAS fomos notificados pelo consórcio para suspender os serviços de saúde complementar. Em seguida, uma nova comunicação determinou a manutenção apenas dos serviços de urgência e emergência, como os prestados pela UPA.”
Nesta terça-feira (03), todos os profissionais de saúde vinculados ao contrato do ICAS foram informados sobre a interrupção temporária das atividades pelo Consórcio Intermunicipal CIM Expandida Sul, responsável pela gestão do acordo com o município. A decisão foi motivada pela falta de pagamento do contrato referente a outubro, enquanto os meses seguintes permanecem sem recursos assegurados.
“A partir das 19h de hoje (03/12/2024), todos os profissionais estão dispensados de suas funções, devendo aguardar novas orientações”, informou a Nota de Aviso.
Cenário de Colapso
Após as eleições de 6 de outubro, veio à tona, por meio de disputas judiciais, que o ICAS foi habilitado a prestar serviços na região através do consórcio CIM Expandida Sul. Consequentemente, a empresa anteriormente responsável foi desabilitada, levando à dispensa de seus profissionais de saúde.
Desde então, por cortes financeiros, o município passou a contar apenas com médicos para atendimentos básicos, suspendendo serviços especializados e exames, o que impactou severamente a assistência à população.
Nesta terça-feira (03), os cortes expuseram ainda mais a incapacidade financeira da gestão municipal de sustentar os serviços essenciais. Como medida emergencial, o consórcio CIM Expandida Sul decidiu manter exclusivamente os atendimentos na UPA, por se tratar de uma unidade de urgência e emergência indispensável.
Verão em Risco
Com a proximidade da alta temporada, o colapso no sistema de saúde pública coloca o município em uma posição ainda mais delicada. A demanda crescente por atendimentos durante o verão pode agravar a crise, deixando moradores e turistas desassistidos.
Após uma década à frente da prefeitura, Tininho Batista (PSB) encerra sua gestão sob uma enxurrada de críticas. Obras paralisadas, cortes severos em serviços essenciais — especialmente na saúde — e a ausência de planejamento para a temporada de verão se tornaram marcas de um governo que, segundo moradores, mergulhou Marataízes em um verdadeiro colapso administrativo.
Na próxima segunda-feira tentaremos falar com o Prefeito e o Secretário de Saúde, vez que nossa redação foi informada que nesta semana eles estarão participando de um evento em uma cidade no litoral sul da Bahia, só retornando no próximo final de semana
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Internet)
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