A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) criaram essa iniciativa para simbolizar a luta pela amamentação
A amamentação pode ser um assunto delicado para muitas mães, mas é crucial. Justamente, o Agosto Dourado é um mês dedicado à promoção do aleitamento materno, prática fundamental não só para o desenvolvimento dos recém-nascidos, como também para a saúde pública.
A escolha da cor dourada faz referência ao padrão de excelência do leite materno: é um dos pilares do cuidado neonatal e traz muitos benefícios. Inclusive, segundo a OMS e a UNICEF, o aumento das taxas de amamentação exclusiva até os seis meses relaciona-se com o salvamento de aproximadamente 6 milhões de vidas por ano.
Afinal, além de fornecer todos os nutrientes necessários para o crescimento, também fortalece o sistema imunológico do bebê, reduzindo o risco de doenças infecciosas, como diarreia e pneumonia, e promovendo um desenvolvimento mais saudável. Isso reduz a necessidade de cuidados médicos, contribuindo para a diminuição dos custos com a saúde.
A amamentação está associada a um menor risco de desenvolvimento de condições crônicas mais tarde na vida, como diabete tipo 2, hipertensão e colesterol alto. Desse modo, pode resultar em uma população geral mais sadia e menos sobrecarregada com problemas de saúde relacionados a essas enfermidades.
Ainda, ajuda a promover um crescimento e desenvolvimento saudável dos bebês, o que pode levar a melhorias na qualidade de vida e capacidade de aprendizagem. Isso porque neonatos bem nutridos são mais propensos a amadurecerem de maneira mais sadia, o que pode ter impacto positivo a longo prazo na produtividade e no bem-estar social.
Além do fornecimento de nutrientes, o contato físico e emocional durante a amamentação contribui para formar vínculos afetivos fortes entre mãe e filho, o que é crucial para o desenvolvimento emocional e psicológico da criança. Ainda, conforme a consultora em aleitamento materno Bruna Alves, em entrevista ao portal UOL, esse vínculo reduz as chances de depressão pós-parto.
Portanto, também é fundamental para as mães. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), essa prática pode auxiliar na redução do risco de hemorragia pós-parto, diminuição da probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, recuperação de peso, além de menor risco de câncer de mama, ovário e endométrio.
O que é galactosemia?
Segundo a OMS, existem entre seis e oito mil tipos de doenças raras no mundo. Uma delas é a galactosemia, em que o aleitamento materno não é indicado. Nela, o organismo do neonato não consegue digerir a galactose, um tipo de açúcar resultante da digestão da lactose presente no leite.
Os sintomas dessa enfermidade podem incluir vômitos, diarreia, icterícia (coloração amarelada de pele e olhos), letargia e até problemas no fígado. Ainda, se não for tratada adequadamente, pode levar a condições graves, como atraso no desenvolvimento, danos neurológicos e até problemas nos óvulos. Essa condição é frequentemente detectada através da triagem neonatal, um exame padrão realizado em recém-nascidos. O teste, é normalmente feito com uma amostra de sangue do calcanhar do bebê, pode identificar níveis elevados de galactose ou enzimas relacionadas, o que sugere a presença da doença.
Se indicar uma possível galactosemia, exames de sangue adicionais podem confirmar o diagnóstico. Além disso, também faz-se testes genéticos que identificam mutações específicas nos genes relacionados a essa doença.
Para os bebês diagnosticados, a suspensão do aleitamento é essencial. Isso porque, diferentemente de casos como a alergia à proteína do leite, em que a alteração na dieta da mãe possibilita manter a amamentação, a galactosemia requer outra abordagem. Portanto, é indispensável que as mães de bebês com essa condição sejam orientadas por especialistas.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Monique Marquesini \\ Divulgação)
(FT.\CRÉD.: Anastasiia Stiahailo \\ Divulgação)