Na tarde desta terça-feira (29), uma denúncia grave trouxe à tona o caos na saúde pública em Marataízes e Itapemirim. Jayanne Coutinho, moradora de Cidade Nova, em Marataízes, divulgou um vídeo relatando o desespero ao tentar atendimento médico para sua filha de 13 anos, que sofreu uma lesão no ombro. A jovem passou mais de uma hora em sofrimento, sem conseguir atendimento adequado nas unidades locais. Veja vídeo abaixo.
Segundo Jayanne, a situação expõe uma realidade preocupante, que teria se agravado após as eleições de 6 de outubro. Denúncias de cortes drásticos em áreas essenciais, como a saúde, estão impactando diretamente a população mais carente, que depende dos serviços públicos para sobreviver. Em seu relato, Jayanne afirmou ter buscado atendimento na UPA e no Hospital Evangélico Litoral Sul, mas ambos se recusaram a tratar sua filha, alegando falta de especialistas para crianças e sugerindo uma transferência para outra cidade – sem previsão de vaga ou transporte.
Após mais de uma hora de espera e sofrimento, a solução veio pela solidariedade do médico Ilderson, filho de Ildrebrano, da comunidade de Candeus, que estava de férias na casa de familiares, tomando conhecimento do caso através do vídeo e prontificou-se a ajudar. Jayanne foi até a residência onde o médico estava hospedado, e ele rapidamente colocou o ombro da menina no lugar.
Agradecida pela ajuda, Jayanne criticou duramente a postura das unidades de saúde e o que considera um descaso dos gestores municipais com a população, destacando a falta de pediatras e ortopedistas como um problema recorrente na região. “A população não pode se calar. Quantas pessoas passam pelo mesmo e ficam esperando, sem receber a atenção que merecem?”, questionou.
Jayanne também denunciou a sensação de abandono e desprezo por parte das autoridades locais, acusando os gestores de “se vingar da população” após a derrota eleitoral, com cortes que afetam diretamente os mais necessitados. A falta de especialistas é apenas um dos muitos sintomas de uma gestão que, segundo moradores, vem desmantelando serviços essenciais.
O caso reacende o debate sobre a precariedade dos serviços de saúde em Marataízes e Itapemirim, reforçando a necessidade de medidas urgentes para garantir atendimento adequado aos moradores, especialmente às crianças que dependem de especialistas.
A situação revela a urgência de uma investigação sobre o direcionamento dos recursos e o compromisso dos gestores com as necessidades da população. Com a omissão das autoridades, cresce o clamor para que o Ministério Público intervenha e assegure que direitos fundamentais, como o acesso à saúde, sejam cumpridos. A negligência do poder público em áreas críticas precisa ser enfrentada, para que a população mais vulnerável não continue pagando o preço de uma gestão que prioriza interesses questionáveis e negligência a aplicação responsável dos recursos públicos.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)
(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)