Fake News envolvendo possíveis servidores da Prefeitura de Marataízes vira caso de polícia

“O cerco está se fechando, e logo teremos surpresas”, manifestou o representante da coligação.

O coordenador de campanha da coligação “Podemos Mudar Marataízes”, João Batista Filho, registrou um novo Boletim Unificado (nº 55608852) na última quinta-feira (05), na 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, vinculada à Polícia Civil do Espírito Santo. A denúncia aponta a disseminação de conteúdo difamatório em um grupo de WhatsApp, supostamente administrado por servidores da Prefeitura de Marataízes, que estariam atuando durante o expediente de trabalho e utilizando recursos públicos, como equipamentos e a rede de internet da prefeitura, para favorecer a campanha.

Segundo o relato, a postagem veiculada no grupo denigre a imagem dos candidatos da coligação, em especial o candidato a prefeito, Toninho. O coordenador da campanha, João Batista Filho, afirmou que o vídeo divulgado tinha como objetivo manchar a reputação dos candidatos, apresentando falsas alegações de corrupção, incluindo desvios de verbas públicas e de cestas básicas destinadas a famílias carentes. O vídeo também mencionava supostas transações financeiras ilícitas e presentes luxuosos, supostamente facilitados por empresas cúmplices.

Há ainda suspeitas de que esses servidores tenham operado o chamado de um “escritório do ódio”, com a criação e disseminação de fake news a partir de dentro da própria prefeitura. João Batista Filho mencionou que o uso de estrutura pública para tais ações será um ponto central também nas investigações. A coligação reuniu provas que, segundo ele, serão utilizadas para comprovar crimes contra a honra e infrações eleitorais.

Além disso, João Batista Filho destacou que essa não é a primeira vez que conteúdos ofensivos são divulgados com o intuito de prejudicar a coligação e seus candidatos.

Curiosamente, o vídeo acabou gerando reações inesperadas, já que as acusações apresentadas teriam sido, na visão de muitos, mais relacionadas à gestão do atual prefeito Tininho, que está há uma década no poder.

Após a repercussão negativa do caso para o prefeito Tininho, chamou a atenção a exoneração, no dia seguinte (06/09), de um servidor comissionado da prefeitura, G.P.G, suspeito de ser o principal responsável pela criação do vídeo. G.P.G ocupava o cargo de Assessor Especial de Relações Institucionais e Projetos Especiais, vinculado ao setor de comunicação da prefeitura. Durante as investigações, outras duas pessoas foram citadas nas divulgações do vídeo: V.B.S., servidora comissionada usando as iniciais ascom (assessoria de comunicação) e que usa em seu perfil uma fotografia de uma mulher da Letônia, e B.A.V., servidor efetivo. Também foi identificado que um dos administradores do grupo de WhatsApp “PMM online” utiliza um número registrado nos Estados Unidos (+1 (289)).

No primeiro caso, em junho de 2024, outro vídeo de fake news também foi divulgado e registrado em um Boletim Unificado na delegacia de Polícia. Nesse caso, também foi apontada a participação de uma candidata a vereadora que ocupou cargo na administração, além da esposa de um candidato a vereador próximo ao atual prefeito, ambos ocupando cargos comissionados na prefeitura.

A Polícia Civil segue com as investigações para apurar a autoria e os possíveis crimes eleitorais e contra a honra dos envolvidos, além de verificar o uso indevido de recursos públicos na campanha eleitoral.

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(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)

(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)

(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)