A trágica morte de um garoto de 9 anos, vítima de afogamento na Praia da Cidade Nova nesta segunda-feira (28), gerou um desabafo contundente do guarda-vidas Leo Armindo nas redes sociais. Ele destacou que o acidente poderia ter sido evitado se houvesse um maior contingente de profissionais de salvamento e infraestrutura adequada. Veja o vídeo abaixo.
“Estamos com efetivo reduzido e faltam recursos básicos, como uniformes e equipamentos. Com os cortes nas escalas especiais, os postos de vigilância foram reduzidos, o que aumenta as chances de acidentes. Este é um grupamento sucateado, que trabalha sem a mínima estrutura para cobrir com segurança os 32 quilômetros de praia de Marataízes,” desabafou Armindo, enfatizando a indignação dos profissionais que atuam no salvamento aquático e a urgente necessidade de melhorias.
“Infelizmente houve óbito! Sem contratar ninguém, cortes na especial, sem equipamentos… E quando a gente fala em um protesto nos boicotam! Várias vezes pedimos contratos anuais de guarda-vidas, estamos há 4 anos sem receber uniforme. O posto elevado é uma maquiagem,” acrescentou Armindo, revelando o clima de descontentamento entre os profissionais.
O relato do guarda-vidas expôs a realidade desafiadora enfrentada pela equipe. Segundo ele, o município conta com cerca de 25 guarda-vidas que, divididos em escalas de 12 por 36 horas, resultam em apenas 12 profissionais por turno. Essa divisão impossibilita uma cobertura adequada em um litoral tão extenso, especialmente em áreas de maior risco. Armindo também ressaltou que, com a chegada da alta temporada, a situação se torna ainda mais crítica devido ao aumento do número de banhistas.
A ausência de contratos anuais para guarda-vidas, a falta de uniformes há mais de quatro anos e os cortes nas escalas especiais, que permitiriam a ativação de mais postos de vigilância durante o período de maior movimento, são problemas graves apontados por Leo Armindo. Ele criticou a administração pública, alegando descaso com o setor e afirmando que há negligência ou má-fé na condução das políticas de segurança aquática, o que contribui para o risco constante de novos acidentes. “É revoltante ver algo assim acontecer, sabendo que, com mais apoio e recursos, poderíamos evitar tragédias como essa,” lamentou.
Nas redes sociais, moradores e turistas expressaram apoio ao desabafo do guarda-vidas e indignação com a falta de estrutura. Comentários apontam falhas na alocação de verbas para a segurança aquática, especialmente durante o período de verão. Em resposta, a população local e a equipe de salvamento clamam por políticas públicas que assegurem a contratação de mais profissionais e a infraestrutura adequada para a proteção dos banhistas.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)
(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)