Na noite desse sábado (21), a localidade de Boa Vista do Sul, em Marataízes, foi cenário de uma tragédia que resultou na morte de dois jovens, Caylan Porto da Silva, de 19 anos, e Lucas de Melo Ventura, de 24 anos. Caylan foi atingido por dois tiros nas costas e faleceu enquanto era levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Marataízes. Lucas, por sua vez, sofreu ferimentos graves no abdômen e, após ser socorrido ao Hospital Evangélico Litoral Sul, também não resistiu.
A situação ganhou contornos ainda mais complexos quando o suspeito do crime, Pedro Fernandes Florindo, de 64 anos, foi agredido por populares após os disparos. Ele foi preso e levado para um hospital em Presidente Kennedy, sob custódia policial. Em seu depoimento, o homem afirmou ser colecionador de armas e declarou que a pistola utilizada no crime estava legalmente em sua posse. Entretanto, testemunhas relataram que Pedro estava sob efeito de álcool, tendo iniciado o consumo desde a manhã de sábado.
A arma foi entregue à polícia por um morador que prestou socorro às vítimas e continha nove munições intactas, além de uma deflagrada. Após receber alta, Pedro foi levado à Delegacia de Polícia de Marataízes, onde foi autuado em flagrante por homicídio e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP).
As vítimas, amigos há três anos, eram conhecidas na região. Caylan, um pescador de alto-mar, deixa uma esposa e uma filha de apenas um mês. Lucas, que trabalhava como monitor de transporte, também era casado, com a esposa grávida de dois meses.
A mãe de Caylan, Syntia Porto Neto, comentou sobre um desentendimento prévio entre seu filho e o suspeito, que teria culminado na tragédia. Segundo Syntia, após uma ameaça de morte, Caylan voltou ao local do incidente e, ao tentar proteger seu pai de uma agressão, foi baleado.
“Ele tirou a vida de duas pessoas do bem e trabalhadores. Acabou com nossas famílias. Ele estava transtornado e não quis conversar”, desabafou Syntia, evidenciando o impacto emocional do ocorrido na comunidade.
Os corpos de Caylan e Lucas foram encaminhados para a Seção Regional de Medicina Legal em Cachoeiro de Itapemirim, onde passarão por exames antes de serem liberados para os familiares. A motivação para o crime ainda permanece indefinida, mas o caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Internet \\ Espírito Santo Notícias)
(FT.\CRÉD.: Espírito Santo Notícias \\ Divulgação)