Uma nova pesquisa descobriu uma ligação entre a exposição pré-natal a um produto químico comum encontrado em plásticos e o autismo
A exposição pré-natal a níveis mais altos de bisfenol A, um plástico comumente encontrado em garrafas de água e embalagens, foi associada ao autismo em meninos, de acordo com um novo estudo.
Os pesquisadores publicaram os resultados na revista Natures Communications.
Há muitos estudos que documentam os riscos da exposição ao bisfenol A (BPA), um produto químico industrial usado na fabricação de plástico e encontrado em uma ampla variedade de produtos plásticos.
Assim, ele acaba interrompendo processos corporais como crescimento, reparo celular, desenvolvimento fetal, níveis de energia e reprodução.
Detalhes do estudo
O estudo analisou um grupo de 1.074 crianças australianas; aproximadamente metade do grupo era meninos.
Os pesquisadores descobriram que 43 crianças (29 meninos e 14 meninas) tiveram um diagnóstico de autismo entre sete e 11 anos (idade média de nove anos).
Eles coletaram urina de 847 mães no final da gravidez e mediram a quantidade de BPA.
O estudo observou que amostras de urina de mulheres grávidas de meninos que mais tarde tiveram diagnóstico de autismo apresentavam níveis mais altos de bisfenol A (BPA).
Onde encontramos o BPA?
BPA está presente em plásticos de policarbonato. É matéria prima para a fabricação de garrafas de água reutilizáveis, recipientes de armazenamento de alimentos e outras embalagens plásticas.
Ele também compõe resinas epóxi que revestem o interior de latas de alimentos e bebidas para evitar a corrosão.
Antigamente, o BPA era comum em mamadeiras e copos para bebês, mas muitos países agora restringem ou proíbem o uso de BPA nesses produtos devido a preocupações com a saúde.
O que é o transtorno do espectro autista (TEA)?
O TEA é uma condição clinicamente diagnosticada que afeta como as pessoas interagem com outras, se comunicam, aprendem e se comportam.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA afeta cerca de uma em cada 100 crianças no mundo todo.
O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.
A genética e fatores ambientais, como poluição, agrotóxicos, idade avançada dos pais, infecções e medicamentos usados durante a gestação, podem ter influência.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Silvia Melo \\ Catraca Livre)
(FT.\CRÉD.: lookaround \\ Divulgação)